Jornada do Escritor: Dia 30 de 30

Andressa Santos
3 min readMar 2, 2021

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Dia 30: O grande dia chegou

É isso, você conseguiu! Parabéns! A maratona foi completada com sucesso! Um mês inteirinho para escrever e testar o poder transformador das palavras. O trabalho agora é escrever sobre a jornada sem fim que é SER ESCRITOR(A). A sua nova vida já começou. O futuro é brilhante e começa hoje, agora.

Photo by Nick Morrison on Unsplash

30/30, completamos a circunferência da pizza! Saboreamos cada pedaço, cada sabor, nos reunimos todas as manhãs, tardes e noites conversando sobre nossas preferências literárias. Sim, momento gostoso com uma pizza! Após emergir em tantas histórias e lições de vida, eu me deparo com um longo caminho percorrido ao olhar para trás. Sabendo que os passos que serão dados à diante passarão a ser muito maiores. Não é um fim. Mas um novo início.

A escrita é uma virtude tão valiosa e singela, que a história humana somente passou a ser demarcada a partir do descobrimento dela. De "pré-história" para "história" vemos a volumosa quantidade de documentos históricos. O ato de escrever pôde salvar vidas, registrar fatos extremamente importantes e transparecer o que havia, e ainda existe, na alma, sem que seja preciso vê-la com nossos olhos.

Ser escritor(a) é destacar da forma mais sincera a nossa própria identidade, ao mesmo tempo que podemos traçar uma minuciosa descrição do mundo. É colaborar com o futuro e trazer seus aspectos do passado. Ao longo dos séculos, em que vemos grandes personalidades realizando algo trágico ou fantástico, sempre houve um agente, agora já póstumo, essencial para esse desdobramento: Alguém que as escrevia.

Se é uma profissão, eu não posso definir. Mas ela jamais será extinta, assim como o cérebro, recebendo oxigênio, não deixa de pensar. Pena, papel, caneta, tecla. Escrever é uma necessidade expressa. Anunciando uma mensagem universal, rogando aos seus contempladores que entendam os seus hieróglifos, sinais e expressões hebraicas. Até mesmo seus avisos distópicos.

A criação do mundo foi descrita em alguns capítulos, embora muitos se lembrem apenas de evidências empíricas. O fim é sempre profetizado, questionado e escrito. Nós, escritores, também somos criadores. Manuseando com o maior cuidado a forma como vamos distorcer ou demonstrar a realidade. Cuidar de uma civilização cheia de personagens predestinados é difícil, e transformar sentimentos em palavras, também.

Toni Morrison, que foi uma escritora estadunidense, chegou a dizer, brevemente, uma das principais motivações que faria uma pessoa seguir este caminho: "Se há um livro que você quer ler, mas não foi escrito ainda, então você deve escrevê-lo." De outro modo, um impulso pela escrita pode ser a necessidade de se expressar, falando com a mão e derramando lágrimas com o alfabeto. Se escrever é viver, a vida é um romance curto de três pontinhos. E vale toda a pena. Uma pena, coberta de tinta.

A escrita muda o mundo, e cria mundos novos. Quando escrevemos, recai sobre nós certa responsabilidade. Em contrapartida, recebemos a verdadeira liberdade.
Todas as reflexões que um dia foram engavetadas, não serão mais esquecidas. Publicadas? Talvez. Mas para ser escritor (a) é necessário apenas uma coisa: desejar ser.

Onde estiver com o teu lápis, ali falará com o coração. Se não encontrar o coração, certamente saberá criá-lo. A vida e a morte, com todo o seu mistério, não nos impediu de transcrever nossos melhores momentos e suspenses através da escrita.

I’m a writer, I love to write!

MoDE - Movimento da Escrita Brasil

Andressa Santos

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Written by Andressa Santos

Leitora ativa. Escritora amadora. Estudante de violoncelo. Uma antissocial que tem amor pela humanidade ✝

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