Jornada do Escritor: Dia 29 de 30
Dia 29: Gratidão para hoje
Hoje é um dia bem especial, já parou para pensar em tudo que conquistou até agora? Todos os aprendizados, autoconhecimento, interação nas redes sociais e amizades que foram conquistadas até o momento devem
ser comemorados. Reserve odia para practicar a gratidão e escreva sobre isso.
Ser uma pessoa grata.
Quantas vezes nos esquecemos sobre o que é isso?
Quando acordamos pela manhã, e agradecemos pela beneficência de poder acordar mais um dia, ter a luz do sol mais uma vez, ou a refrescante ventania? Nos acostumamos a usar exemplos naturais para expressar, poeticamente, esse sentimento de gratidão. E por acaso existe algo de errado nisso?
Olhe a nossa volta! Existem alguns motivos que tentam nos desabar, mas não nos faltam motivos pelos quais podemos ser gratos. Tudo é graça!
Gratidão por quem amamos, por quem aprendemos a amar. Pelo "não" recebido, pelo "sim" sem pestanejar. Pela vida e seu caos, pelo sofrimento que traz sabedoria. Por ter a oportunidade de ser mais um dentre os mortais. Ah, Deus, como te agradeço, te agradeço!
Não há outra forma de me expressar que não seja essa. Eu repito, repito, e repito sempre a mesma mensagem. A de São Tomás de Aquino:
"Senhor, deste-me tanto. Dá-me uma coisa a mais, um coração agradecido."
É uma filosofia de vida. Uma oração de treze palavras.
Eu comecei este ano traçando objetivos. É claro que a maioria das pessoas fazem isso, e nunca conseguem cumprir tudo. Eu também sou assim. Mas este ano será um pouco diferente. Ainda que nem tudo se cumpra, eu me alegrarei nessas pequenas plantinhas que reguei. Os meses anteriores quase me destruíram por inteira. Ao mesmo tempo que me fizeram estourar bolhas que eu jamais tentaria arriscar a sair delas. Presa numa dessas situações, resolvi escrever com mais intensidade. Mas ainda faltava alguma coisa. Eu acreditava nessa "musa inspiradora" e "revelação divina" que me guiava todas as férias para escrever. Agora vejo que é possível escrever todos os dias. Como disse, há inúmeros motivos pelos quais devemos ser gratos, mas eu gostaria de focar em uma coisa específica: a minha gratidão em poder participar desse movimento da escrita.
Essa Jornada me tornou possível escrever sem planejar adequações, padrões, especificidades e desculpas. E o que digo é verdade, pois nunca imaginei conseguir clicar em tantas letras no teclado para relatar alguma coisa dentro de um salão aleatório esperando o meu cabelo fazer uma reação química. Apesar de, com certo receio, perceber ao chegar em casa que o texto pode não ficar tão bom assim. Mas tudo bem.
Criatividade, movimento, finalização.
Só depois, revisão.
Foi isso que aprendi e o que tenho feito.
A minha gratidão por cada mensagem recebida, cada feedback (perdoe-me o jargão), cada texto reflexivo, criativo e cada apoio que me foi dado não foi em vão, de forma alguma. E todas as vezes em que tive a oportunidade de responder a algumas dessas atividades, saiba que foi com sinceridade. Eu esperava, ansiosamente, por cada aula, e cada tema para ser realizado. Foi, de fato, um grande desafio. Atravessei todos os períodos, e aproveitei para driblar cada segundo, mesmo quando no dia anterior tudo parecia tão cansativo, e impossível para escrever. Mas a presença de tantas pessoas e sua dedicação me impediu, muitas vezes, de pensar em negligenciar essas metas. Porque o que estamos fazendo é algo muito grande. É uma grande árvore, cheia dos mais variados frutos que saíram de uma única raiz.
Eu sou grata por ter agora a capacidade de conseguir escrever sobre a gratidão, algo que não adquiri sozinha. Ademais, posso descrever não apenas como essa sensação funciona, mas como realmente estou me sentindo, porque ela existe e está dentro de mim neste momento, e isso é muito gratificante.
Meus olhos vêem outros olhos, com outros olhos. Vejo o mundo com a visão de outro mundo. E amo com o amor que não cabe mais em nenhum papel.
Eu agradeço, imensamente, por me receberem na literatura com mãos estendidas, sabendo que muitas vezes encaramos nossos textos com mãos atadas.
Aqui eu encontrei uma verdadeira toca. A Lura Editorial, e toda a sua equipe, que se fizeram de coelhos segurando relógios, nos guiando bem no fundo de uma árvore.
Vejo o país das maravilhas.
Finalizo com um dos trechos mais lindos que já havia encontrado. Uma declaração de Carl Sagan:
"Diante da vastidão do tempo, e da imensidão do universo, é um imenso prazer para mim dividir um planeta e uma época com você."
Caros participantes e amigos literários, sou grata por conviver todo este tempo com vocês. E espero vê-los além, muito além. Não estão apenas escrevendo suas histórias, porque já fazem parte da minha própria história. Nenhuma outra letra teria sido acrescentada sem a interação e empatia exercida por todos. Guardarei-os em minha memória com essa saudade e gratidão que dividimos neste momento especial.
“Como o espelho reflete a imagem, assim a escrita revela quem sou.‘’
- Yasmin Nobre
MoDE - Movimento da Escrita Brasil