Jornada do Escritor: Dia 15 de 30

Andressa Santos
3 min readFeb 15, 2021

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Dia 15: Avaliação da jornada

Adotar a rotina de escrever TODOS OS DIAS soava bem estranho e desafiador. E agora? Como se sente até aqui? Está cansado(a)?Exausto(a) ou realizado(a)? Sente que evoluiu como escritor(a)? Sem julgamentos ou expectativas, pense e escreva sobre isso.

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A quinzena perfeita

É muito reconfortante dormir cedo e acordar no meio da madrugada, percebendo quantas horas havia dormido e o quanto ainda pode antes de iniciar o dia.

Do mesmo modo, dividir na metade uma grande pizza que satisfaz a fome noturna e está na geladeira após algumas horas.

E ver que todo o caminho percorrido até agora foi bem longo, e ensinou tanto pelo vento e o deserto. Mas não notamos o quão rápido está passando.

Também é bom ver a plantinha que tanto regamos dando os seus frutos. Tudo no seu tempo, sem deixar-se dominar pela procrastinação.

E então abrir o Google docs, por exemplo, para ver a quantidade de palavras e perceber que as quinhentas chegaram, mas o pique de expandi-las em mais uma metade, para mil, ainda borbulham na mente.

É bom, muito bom, acordar e ver que a Jornada do Escritor chegou no grande pico da montanha, e agora para descermos, seguimos mais seguros do que quando subimos. Pois a paisagem das palavras agora são expressas sem receio, sem desculpas, e sem medo de tropeçar.

Eu sempre dizia para mim que não conseguiria escrever todos os dias.
'Ok, é bom que exista uma ideia na cabeça. Mas agora não tenho tempo para fazer isso.'

Curioso, hoje se completa quinze dias consecutivos de escrita. Uma após outra.
Onde é que estavam aquelas desculpas?
Eu não mudei a minha rotina para mudar o meu comportamento. Eu mudei o meu comportamento, e a minha rotina se transformou. Se é importante, porque não daria?

A escrita tornou-se uma prioridade diária.
E outra questão me rodeava: O que eu escreveria? Não sei fazer sobre aquilo!
Mas os melhores e mais diversificados temas saíram este mês.
Eu percebi que a questão de conseguir escrever não tinha como atenção principal o tema, mas sim a qualidade e a dedicação do qual se escreve.

Posso falar sobre qualquer coisa, por mais banal ou polêmica que seja.
Porque com o treino da escrita, a mesma pessoa que uma vez se sentiu atraída pelo meu texto sobre as deliciosas batatas, talvez se atraía, da mesma forma, sobre quando questionei a complexidade do tempo.

Eu sou a mesma pessoa que escreveu a ambos. Pois é, pelo visto, as linhas corretas do papel estão me direcionando para não escrever de forma tortuosa. Há diversos tipos de gostos e especialidades, mas um bom escritor procura apresentá-los da melhor maneira, por mais simples que seja.

Vários dias se passaram, e eu os guardo na memória por cada mensagem, cada momento, cada oportunidade, e cada sinal de afeto e respeito dado por todos os participantes dessa jornada.

Se eu demoro para escrever? Bem, eu penso demais. E um texto quase nunca dura apenas meia hora. Sou o canto do galo e a mensagem da coruja ao mesmo tempo. E quando vejo, a meta foi cumprida. A meta diária que levarei por todos os outros dias que virão. Com ensinos que me lembrarei por toda a vida. Apesar do tempo, o conteúdo sai com muito mais facilidade, seja sobre um crime, uma carta de amor ou uma conversa entre amigos. Escrevo como se fosse a melhor coisa do mundo.
E não duvido que seja.

Avante, escritores! Pois amanhã teremos outra tarefa para cumprir.

“Escrever é realmente uma forma de pensar — e não apenas sobre sentimentos, mas também sobre coisas que são díspares, não resolvidas, misteriosas, problemáticas, ou apenas doces.”

- Toni Morrison

MoDE- Movimento da Escrita Brasil

Andressa Santos

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Written by Andressa Santos

Leitora ativa. Escritora amadora. Estudante de violoncelo. Uma antissocial que tem amor pela humanidade ✝

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