Jornada do Escritor: Dia 1 de 30

Andressa Santos
3 min readFeb 3, 2021

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Dia 1 da jornada, o pontapé inicial

Escreva sobre suas expectativas e seu comprometimento com as tarefas diárias. O que tem em mente?

Photo by Marcos Paulo Prado on Unsplash

Eu sou uma pessoa comum. Comum até demais.

Mas essa noção de simplicidade só me faz perceber a cada dia o quão intrínseco um ser humano é, e muitas vezes não nos aprofundamos para conhecê-lo. Isso também ocorre quando procuro pelo meu próprio ser. Há algo além, algo muito singular em cada pessoa. Acredito na existência de Deus, Aquele que criou e cuida de criaturas tão pequenas e lhes atribui dons excelentes e capacidades incríveis para conquistar os seus objetivos e sonhos, não importando se o período histórico que passamos valorizou essa carreira, ou não.

Quando me vejo perto de uma tela ou folha branca, penso em inúmeras formas de se terminar uma história, contudo, expressar-se da melhor maneira, e, pacientemente, torna-se um trabalho árduo. É uma ansiedade que grita, que empurra, que corre. É a voz que diz em minha mente para finalizar logo a história, colocando-me em risco de deixar uma narrativa cheia de pressa e vazia. É como se as batidas do meu coração entrassem em ritmo com as minhas mãos e a minha mente que grita pelo final e por todas as reflexões que gostaria de impor ao meu personagem. O mesmo que, uma vez escrito, viverá eternamente.

Vivo em uma mente que não descansa e as ideias não pedem licença para entrar. Gosto disso. Ademais, o tempo não me concede trégua, ou muitas vezes, eu mesma não desejo olhar para ele. Ao decidir fazer parte dessa comunidade de escritores, tive a certeza em mim: Aqui é o meu lugar. O lugar onde estaremos juntos para enfrentar os nossos impedimentos e escolher a coisa certa: A de reconhecer que o mundo precisa ler o que estamos escrevendo, e por uma questão individual, saber que o nosso destino também é algo escrito. Eu desejo viver essa arte através do alfabeto. Eu gostaria de viajar no tempo como faço com os meus personagens, de vivenciar a dor ou o amor que por eles é sentido.

Escrever é um conforto para alma que só a morte poderia me tirar, ainda que, até mesmo após, sei que a escrita não me deixará apenas por não ter um lápis nas mãos. Ser escritora é viver em um universo e ser capaz de criar outro para si. Sendo o primeiro dia, desenvolvi apenas o que está em minha mente por ainda não traçar uma história específica.

Sou uma pessoa ainda muito jovem, e reconheço o quanto de experiências ainda preciso vivenciar para ter um conteúdo melhor, pois à minha volta, tenho basicamente apenas livros e memórias, não esquecendo de uma pequena falha em gramática.

A poesia sempre foi o meu consolo, pela maior liberdade na estrutura das palavras, e pela satisfação em ver rimas que condizem com os anseios presentes dentro de mim. Agora, espero ter a mesma sensação com uma história completa, e não somente em versos ou contos finalizados pelo alto êxtase de se cumprirem. O que sei, é que como escritora tenho muito o que aprender, dito pela famosa frase de Sócrates “Só sei que nada sei”.

“Escrever pode ser um esforço bastante desesperado, porque se trata de algumas de nossas necessidades mais profundas: nossa necessidade de sermos visíveis, de sermos ouvidos, de dar sentido às nossas vidas, de despertar, crescer e pertencer. Não é de admirar que às vezes tenhamos a tendência de nos levar um pouco a sério demais.” — Anne Lamott

MoDE - Movimento da Escrita Brasil

Andressa Santos

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Leitora ativa. Escritora amadora. Estudante de violoncelo. Uma antissocial que tem amor pela humanidade ✝

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